sábado, 29 de outubro de 2011

Salvei uma vida...




É estranho como as coisas acontecem nas nossas vidas. Hoje salvei uma vida. Vocês devem estar imaginando: nossa, ela salvou a vida de uma pessoa. Mas o mais curioso é que salvei a vida de um gato.

Hoje acordei com vontade de dormir mais um pouco, mesmo sabendo que já tinha passado do horário normal de sair da cama. Um dia desses que você quer ficar na cama o dia inteiro. Mesmo assim, levantei. Fui tomar café e escutei um miado de um gato, pensei: “Alguma gata teve filhotes aqui por perto”.

Fui olhar de onde estava saindo aquele miado, quase que pedindo por socorro. Achei e qual foi minha surpresa. Tinha um gato entre o muro e a parede. O espaço entre a parede e o muro não era mais do que 10 centímetros e a parte de cima do muro estava fechada com tijolos, nas laterais foi colocada argamassa. Como aquele gato entrou ali, não sei. Só tinha dois buracos no muro que estavam longe do lugar de onde estava miando.

Terminei de tomar o meu café. Não tinha como deixar aquele gato ali, miando até morrer. Ficaria com um peso na consciência. Não seria humana.

Tentei por várias vezes enfiar a mão, mas não conseguia nem ver o gato, qual a posição correta de onde ele estava, tudo era escuro lá dentro. A minha única alternativa era pular o muro, entrar no quintal do vizinho.

Lá vou eu, pulei o muro. Fui até o ponto de onde saía os miados. Mas como tirar? Tinha um buraco no muro, mas era um pouco longe do local onde ele poderia estar. Tentei abrir outro com um pedaço de madeira, de tronco de árvore mesmo (pequeno), mas nada. Ajoelhei, chamava o gato e o gato respondia cansado.

Olhei ao redor e nada. Olhei para os meus joelhos, já machucados e vi uma solução. A pedra que estava debaixo dos meus joelhos era a única saída. Não era grande, mas pesada o suficiente para abrir outro buraco no muro. Comecei a bater, abri uma fenda; bati novamente, um buraco pequeno abriu-se. Fui com a mão. O buraco ficou maior ainda. E chamei novamente pelo gato.

Mas percebei que entre ele e o pedaço do muro que abri, tinha uma coluna, não dava para puxá-lo. Então fui pelo outro lado e comecei a bater no muro novamente com a pedra. Consegui abrir outro buraco e consegui ver o rabo do bichano. Então fui com as mãos e peguei nas costas dele. O gato parecei desesperado de dor, pois miou tão forte como se estivesse querendo fugir daquela mão.

Nesta minha loucura, respondi apenas para o gato: “está doendo mais em mim do que em você”. Consegui puxar pelo couro das costas, devagar. E no final, tirei ele daquele buraco.
O gato era branco, mas estava tão magro e sujo. Mesmo assim, saiu correndo, nem sequer parou.

Esperar que o gato me agradecesse pelo que fiz por ele. Por conseguir mais uma vida das sete vidas que ele tem. Não me passou pela cabeça isto. Apenas chorei em saber que salvei uma vida, mesmo sendo de um animal, de um gato.

Resultado disto tudo: um muro quebrado em dois lugares, meus pés e joelhos esfolados, braços cansados pelo esforço e um sorriso misturado com lágrimas.

O mais engraçado quando já estava indo pular novamente o muro para voltar ao meu cantinho, um rapaz no portão me chamou, perguntando se era conhecida do dono da casa. Respondi: moço pulei o muro para tirar um gato que estava preso. Sabe o que o rapaz respondeu-me? Disse apenas: mas o portão sempre fica aberto e ele abriu o portão pra mim. Não sabia se sorria ou se chorava.

Este foi um sábado diferente de todos e vou me lembrar para o resto da minha vida.
Só tenho na mente várias perguntas: como aquele gato conseguiu entrar naquele espaço tão pequeno? Como conseguir tirar ele de lá?


JDM - 29/10/2011 - 13h30

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sorriso

Crédito: Joselita Matos

Nada melhor que um sorriso nos olhos
A alegria nos lábios
E congelar este momento no tempo e no espaço....

Meus passos





Por onde andei..
Por onde andarei..
Sigo os passos do meu caminho
Sejam tortuosos ou íngremes
Sejam planos ou retos
Mas sigo até alcançar VOCÊ..



JDM - 28/10/2011 - 22h40

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O sabor de uma lágrima




Você sabe realmente o sabor que tem uma lágrima?
Se disse salgada, errou
Ela tem o sabor da saudade
da dor
da alegria
de um amor perdido
de um novo amor
de um reencontro
Ela tem o sabor da VIDA...


E as minhas lágrimas tem o sabor de um oceano de distância....


JDM - 25/10/2011